quinta-feira, janeiro 26, 2006

Grande Chefe Orelha Voadora

Não consegui resistir.
Há dias, numa das minhas habituações idas e participações no Fórum dos TOC, no site da CTOC, lembrei-me de deixar uma mensagem aos meus colegas, anos 1963/1966, da 2ª turma do Curso de Contabilista, no ex-Instituto Comercial do Porto, ali à Rua de Entreparedes, a desembocar na Praça da Batalha, no Porto.
Permito-me transcrevê-la neste Blog, pode ser que algum desses meus colegas ainda se lembre desta cena e me contacte. Muito me agradaria que tal viesse a suceder. Quantos anos se passaram, eu era o Benjamim da turma, hoje estou com quase 59 anos, cá continuo a exercer esta malfadada profissão de TOC, chamam-nos assim agora, que já nos chamaram todos os nomes possíveis: perito contabilista (até temos uma associação a APPC), Guarda-livros, démos aulas no Ensino Secundário ( muitos por lá terão ficado, hoje já reformados decerto...), alguns são ROC´s, licenciados ou não (foram da primeira leva de ROC´s, que não apanhei precisamente por ter sido o Benjamim da turma), enfim...Tenho muitas saudades desses tempos...
Ah, está uma fotografia da equipa de futebol dessa turma, 1965 talvez, no site htt://leiria.no.sapo.pt
"Orelha Voadora, a razão dum nome
1965, Porto, Rua de Entreparedes, ICP (os que lá estudaram naquele tempo sabem o que era o ICP).
O edifício do Instituto tinha (ainda lá está) uma arquitectura antiga, talvez séc. XVII, três ou quatro andares, escadas em caracol. Um dia, estávamos uns quantos, os da 2ª Turma do Curso de Contabilista, malta na casa dos 17 anos, num intervalo das aulas, se calhar até íamos para a aula do Jofre (lembram-se do Jofre, das suas bocas contra a "situação", a dizer-nos que podíamos comprar o livro oficial de "História Geral e Económica" mas que as aulas ele é que decidia da sua orientação. Nós tínhamos que tomar os devidos apontamentos senão estávamos tramados...enfim, lá tínhamos umas rusgas da Pide de vez em quando...). Eis senão quando, divisámos aos fundo das escadas em caracol, um colega que já não me lembro qual era o seu nome e alguém se lembrou de dizer aos gritos, olha o "Grande Chefe Orelha Voadora"!... O rapaz empertigou-se, que não admitia que lhe chamassem quele nome, etc e tal, vai daí ficou mesmo a ser conhecido pelo grande chefe orelha voadora.
Nunca mais me esqueci desta cena...

Por
Grande Chefe Orelha Voadora"

terça-feira, janeiro 24, 2006

De DIA mitológica e azul

O Azul de vários timbres sempre presente.

Na oportunidade do livro do Dr. Arménio Vasconcelos gostaria de deixar aqui presentes duas fotografias recolhidas por altura de uma viagem, turismo de uma semana de férias, oportunidade única a que não podia resistir, tanto mais que tive a agradável companhia de familiares íntimos.

Foto tirada directamente do mar que banha a ilha de Dia (durante um mergulho) a Norte da ilha de Creta onde passávamos férias, em Agosto de 2004.

Pode ver-se uma capela ortodoxa a recortar-se na ponta poente da Ilha.

Durante o mergulho com uma câmara digital impermeável foi possível fotografar a flora marinha junto à Ilha tentadora em que Zeus cresceu e se impôs no Mundo dos deuses gregos, defendendo-se do seu implacável pai Cronos e contratacando impiedosamente.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Dr. Arménio de Vasconcelos - um amigo da Arte e da Cultura em Leiria, no Brasil, ...


Acabei de visitar o Blog da "Folheto - Edições & Design" e permiti-me retirar a fotografia que incluo neste meu texto, que deixei no dito blog, como comentário à informação daquela Editora.
Vem este Post a propósito de mais um livro da colecção "25 Poemas" que a Folheto tem vindo a editar com regualaridade, capa aqui mesmo ao lado:

"Caro amigo Dr. Arménio Vasconcelos.
Li estes seus poemas, com emoção e com a admiração que lhe é devida.
Recordo os tempos conturbados do imediatamente pós 25 de Abril em que o conheci como "Administrador por parte do Governo" numa empresa em situação difícil e em que eu era o Contabilista. Já falámos várias vezes deste episódio...

A Ilha de Dia, os Deuses da antiga Grécia, à solta, diáfanos, como que nos tocam, e o azul das suas águas envolventes, é qualquer coisa que jamais de podem olvidar. E que dizer do planalto de Kriti e do seu entardecer cheio de luz, intensamente vivido do alto da entrada da gruta de Zeus. De onde vem toda aquela luz do Sol poente, que endeusa aquela planície imensa por entre montanhas, naquele mítico planalto?
Agosto de 2004, depois de uma viagem aérea a ouvir um piloto Grego a falar Inglês do outro Mundo...
Parabéns amigo Dr Arménio. Obrigado pela sua dedicação entusiástica às coisas da Arte e da Cultura...
A Nunes
"

terça-feira, janeiro 17, 2006

Vista de olhos


Hoje, ao entrar na área de gestão dos nossos próprios blogs, entretive-me por alguns minutos, a ver o filme dos que estavam a ser actualizados. Lá foram aparecendo alguns títulos que me chamaram a atenção. Dei uma vista de olhos. Várias vistas de olhos, melhor dizendo.
Neste mundo dos blogs, a que já chamam blogosfera, anda muita gente e fervilham ideias. Sem dúvida que anda pela blogosfera muito talento e imensa originalidade.
A primeira reacção que se tem (eu tenho...) é a de que não tenho argumentos para competir neste Mundo imenso e inovador, com gente a escrever sobre tudo, sobre todas as coisas, exprimindo-se das formas mais inovadoras, competentes, extravagantes, suaves, brutais, esotéricas, artísticas, sei lá que mais.
Decididamente não sou mais que uma gotícola de água neste mar de ideias e de competências. Estou a sentir-me como se estivesse a entrar para a Escola, 1º grau. É certo que as competências que não apreendi até agora, dificilmente conseguirei alcançá-las. Mas não desisto. Vou permanecer por estas bandas. Até pode ser que alguém venha a notar a minha presença. Quem sabe? Nem que seja o acaso, simplesmente o acaso, este destino/acaso em que o homem poderá não ser senão uma molécula no meio do caos em que o Mundo se está a transformar. Começo a assimilar esta opinião, que já não é nem sequer original.
À medida que o conhecimento, as novas tecnologias, vão evoluindo da forma avassaladora como
está a acontecer na actualidade, o indivíduo tende a sentir-se cada vez mais ínfimo, menos determinante no rumo que a vida vai tomando.
Caminhamos para onde? Para o caos final e absoluto? Definitivamente?
...
Uff

domingo, janeiro 15, 2006

Entrelaçamento na rede blogosférica

Acabei de escrever um comentário num Blog duma jovem Chilena, Paula, 29 anos, toda animada com a vitória duma mulher nas eleições recentes para a Presidência do seu país.
Apeteceu-me escrever e nem sequer fiquei com o endereço do seu blog, ainda vou ver se o anoto.
Esse texto, rápido, ao sabor do intervalo que fiz nas minhas divagações na rede:

"Cara Paula
Se calhar, a nós, em Portugal, também nos faria muito bem ter uma mulher Presidente. Cá andamos em campanha eleitoral, as eleições presidenciais serão de hoje a 8 dias, muitos de nós ainda não sabemos em quem votar. Provavelmente Cavaco Silva, candidato muito conotado com o Partido Social-Democrata (Também dito PPD, que não se sabe muito bem o que é, por isso mesmo, este PSD é um partido muito mesclado de idiologias sociais/liberais e outras mais de direita...).Consultei o teu Blog por mero acaso, já que estava a preparar-me para entrar na minha área "profile" e reparei no seu endereço que estava passando. Apeteceu-me escrever-te e dizer-te olá, só porque sim. Muitas felicidades para ti e para o Chile.
antónio
asnunes@sapo.pt
http://leiria.no.sapo.pt
7:32 PM "

Também devo acrescentar que aproveitei a parte final do jogo de futebol que estava a passar na Televisão Portuguesa entre o "Estrela da Amadora" e o "F.C. Porto". Por sinal o Porto até estava a perder e isso dava uma ajuda às pretensões do me clube de emoção o "BENFICA" para revalidar o seu título de campeão nacional da I Liga Portuguesa. O resultado final acabou por ditar a derrota do Porto. Sempre são menos 3 pontos que nos separam.
Acho que me vou deitar. A minha mulher anda muito nervosa, eu também, ainda que me esteja a fazer "forte"...Temos um problema profissional que nos pode afectar bastante e amanhã é um dia decisivo.

domingo, janeiro 08, 2006

Uma PMEditora em Leiria

Uma PMEditora em Leiria

Acompanho desde o 1º número, ano de 2003, a revista de periodicidade mensal, “Os meus livros”. Sem dúvida que esta revista constitui um excelente meio de comunicação e divulgação dos livros, dos autores e das correntes literárias e peculiaridades do estilo de cada escritor, os que o seu Director vai escolhendo segundo os seus próprios critérios e oportunidades conjunturais.
No último número que me chegou às mãos, o 35, consta, a finalizar, uma crónica de Tiago Gomes, que aborda a questão das pequenas e médias editoras.
Tiago Gomes, autor de “Viola-me eléctrica” e “Brincadeiras em cianeto”, é poeta e editor da Revista de arte e literatura “Bíblia”, começa a sua crónica duma forma que ele considera um lugar comum mas que sintetiza duma forma inequívoca a importância da decisão de criar uma editora sem apoios iniciais do grande capital.
Escreve: “CRIAR UMA PEQUENA EDITORA ou uma revista na área da arte e literatura em Portugal é um acto de muita coragem, dedicação e espírito de aventura”.
Sem dúvida, digo eu, diremos todos nós, são as pequenas editoras, quantas vezes, de actuação vocacionada para autores não conhecidos e abordando, temas relacionados com uma área geográfica limitada, que, não poucas vezes, descobrem novos autores que, doutra forma ficariam para sempre no esquecimento.
Em Leiria, temos que prestar a devida homenagem à actuação dum Editora, a “Folheto – Edições & Design” ela própria muito jovem e que iniciou a sua actividade com gente muito jovem e sem o apoio financeiro que lhe permitisse abalançar a tomar a seu cargo o risco de editar grandes e conhecidos autores. A questão é que, apesar de tudo, sempre vai arriscando o seu capital em algumas edições, concretamente na colecção “25 Poemas”. Tem valido que a qualidade dos poetas que têm integrado esta colecção não deslustra quando em comparação com muitos outros que acabam por ser publicados em grandes editoras e com significativas tiragens.
Pelo que conheço da capacidade de trabalho e espírito de iniciativa dos seus promotores, particularmente o seu Director, Adélio Amaro, esta Editora poderá ter pela sua frente um futuro risonho. Assim as instituições locais, nomeadamente a Câmara Municipal de Leiria, as Juntas de Freguesia e outras, não descurem o necessário apoio a estes empreendedores no campo das letras representativas da região de Leiria. Pessoalmente estou em acreditar que ainda veremos esta novel Editora a ombrear com as grandes Editoras nacionais.
Leria, 8 de Janeiro de 2006
António Nunes